A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (23), durante o
lançamento da Política Nacional de Participação Social, que o País
reduziu suas desigualdades ao apostar no aumento da renda. As
declarações foram dadas após a presidenta ter recebido o relatório das
Organizações das Nações Unidas (ONU).
O documento mostra
que o Brasil cumpriu, com antecedência, dois dos oito Objetivos do
Milênio (ODM), como reduzir a mortalidade infantil, melhoria do
saneamento e a diminuição da fome e da miséria. No evento, Dilma também
defendeu o marco regulatório para as organizações não-governamentais
(ONGs).
“Nós, de fato, reduzimos a desigualdade, não reduzimos tirando de
ninguém, mas aumentando o crescimento da renda dos mais pobres”, disse a
presidenta.
Conforme o relatório da ONU, os níveis da redução da extrema pobreza
também avançaram e já tinham sido atingidos. A crise econômica de 2008 e
2009 prejudicou a execução da meta, mas de 2011 para 2012, o ritmo da
queda voltou a um patamar próximo ao verificado no período de expansão
inicial do Bolsa Família. Além disso, a taxa de extrema pobreza rompeu a
barreira dos 4%, regredindo para 3,5% da população.
“Os mais ricos do Brasil, a renda deles cresceu, mas foi muito menos
do que cresceu a renda dos mais pobres”, comentou Dilma, durante a
solenidade.
“É uma onda que vai empurrando de baixo para cima todo mundo e a onda
é mais forte naqueles que queremos pegar primeiro, que são os
eternamente excluídos deste País”, acrescentou a presidenta.
Segundo as Nações Unidas, outra meta cumprida foi a diminuição da
taxa de mortalidade infantil. Em 1990 eram 53,7 óbitos por mil nascidos
vivos, caindo para 17,7 em 2011.
Regulamentação – Durante a solenidade, Dilma afirmou ser favorável ao marco regulatório para as Ongs, que tramita no Congresso.
Para a presidenta, isso dará mais clareza ao setor e segurança aos
gestores. “Vamos reconhecer algo fundamental, o papel das ONGs na
execução das políticas governamentais de uma forma explícita”, observou.
“E quero lembrar que o marco está em emenda, porque assim o governo
decidiu, para torná-lo mais ágil. Portanto, jamais iremos deixar de ser a
favor de algo que defendemos e articulamos no Congresso”, ressaltou.
Durante o ato, a presidenta assinou o decreto instituindo a Política
Nacional de Participação Social, no Palácio do Planalto, quando voltou a
enfatizar a importância de um plebiscito na para a elaboração de uma
reforma política.
“Acreditamos que é chegada a hora de o Brasil ter arcabouço
institucional e político que corresponda aos avanços que tivemos nas
lutas sociais”, afirmou Dilma.
“Quero dizer que sem participação social não há reforma política”.
Fonte: Por Edson Luiz, da Agência PT de Notícias
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