As
eleições 2014 estão encerradas, já há vencedores escolhidos pelo povo e
agora é hora de governar, afirmou o senador Lindberg Farias (PT-RJ), em
pronunciamento ao plenário, na tarde desta segunda-feira (1º). “Numa
democracia, é dever de quem venceu e de quem perdeu acatar o resultado
eleitoral”, alertou ele, lembrando que essa postura é devida não só à
presidenta Dilma Rousseff, mas a todos os eleitos, como os governadores
de estado, sejam eles da base ou da oposição. Lindberg lamentou, porém,
que alguns setores oposicionistas estejam fugindo a essa
responsabilidade com a normalidade institucional.
Ele
cita como exemplo, a postura pouco clara do PSDB em relação ao golpismo
dos que pedem o impeachment da presidenta em atos públicos ou mesmo dos
que querem “intervenção militar” no Brasil. Para Lindberg, atitudes
como a ida de PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral, para questionar o
resultado da eleição, cria uma base para esse tipo de manifestação. “Os
dirigentes políticos são sim responsáveis pelos seus liderados e o
senador Aécio e outros dirigentes [de oposição] estão fazendo crescer
uma campanha de ódio neste País”.
O
clima de “terceiro turno” se expressa não só em declarações
destemperadas, como as do candidato derrotado Aécio Neves em uma
entrevista veiculada no último fim de semana, mas em questões essenciais
para a vida da população, como é o debate em torno da flexibilização da
meta do superávit primário de 2014. “A aceleração de gastos do governo,
que impediu o cumprimento da meta, foi necessária para frear o processo
de recessão técnica que estava se instalando na economia. Era isso ou
era o desemprego”. Mas, infelizmente, destaca Lindberg, a oposição
prefere encarar a questão como uma oportunidade para fazer o desgaste,
“tentando impedir a aprovação da proposta para poder dizer que a
presidenta incorreu em crime de responsabilidade”. “Esquece que as
consequências da não flexibilização da meta serão prejudiciais ao país
como um todo – as transferências federais para estados e municípios, por
exemplo, ficam suspensas”, alertou, acrescentando sua confiança na
aprovação dessa flexibilização, na sessão do Congresso Nacional marcada
para esta terça-feira (2).
Para
Lindberg, porém, “de todas as bobagens da oposição” para inflar
artificialmente o “terceiro turno”, a mais absurda é a movimentação para
derrubar o decreto que trata da Política de Participação Social,
decreto que meramente regulamenta conselhos que já existem e foram
criados nos governos de sucessivos presidentes, desde José Sarney,
passando por FHC e Lula. “Inventaram uma bobajada de bolivarianismo para
justificar essa postura”, criticou o senador. “Espero que este Senado
Federal reveja essa posição”.
Lindberg
destacou que a ampliação da participação da sociedade no governo, para
além do voto, é essencial ao aprofundamento da democracia. Os
instrumentos de participação já existem e contemplam os mais diversos e
plurais atores sociais. Hoje, 5.553 municípios brasileiros têm conselhos
municipais de saúde – apenas 17 não os têm, e 5.527 têm conselhos de
assistência social. Onze governadores de estado de diversos partidos já
aderiram ao Compromisso Nacional pela Participação Social.
É
para regulamentar todas as formas já existentes – como os conselhos, as
conferências e outras instâncias – que foi editado o decreto taxado de
“boivariano”. “As críticas formuladas ao decreto não resistem a uma
análise mais apurada. São inteiramente inconsistentes. O decreto não
cria um órgão sequer. Não aumenta as despesas públicas. Não interfere
nos estados e municípios. Não avança um milímetro sobre a sagrada
competência de fazer leis e de fiscalizar do Congresso Nacional”,
destacou Lindberg.
Para
o senador fluminense, “conselhos, conferências e consultas públicas só
podem constituir ameaça institucional para aqueles que desprezam e temem
a democracia”. “Que mal há em ouvir o povo, as diversas organizações da
sociedade civil, sindicatos, associações, movimentos coletivos e redes?
Que mensagem os opositores do decreto querem passar à sociedade?”,
questionou.
Fonte da notícia: http://www.ptnosenado.org.br/textos/122-curtas/30387-lindberg-chama-psdb-a-responsabilidade
QUE DEUS ILUMINE OS GOVERNANTES BRASILEIROS
ResponderExcluirhttps://leonardoboff.wordpress.com/2015/05/16/o-desafio-de-encontrar-um-saida-para-a-crise-atual/
O desafio de encontrar um saída para a crise atual
A crise política e econômica atual cria a oportunidade de fazermos realmente mudanças profundas como a reforma política, tributária e agrária. Para termos a embocadura correta, importa considerar alguns pontos prévios.
Em primeiro lugar, cabe situar nossa crise dentro da crise maior da humanidade como um todo. Não vê-la dentro deste embricamento é estar fora do atual curso da história. Pensar a crise brasileira fora da crise mundial não é pensar a crise brasileira. Somos momento de um todo maior., porque tudo tem o seu tempo debaixo dos céus.
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CELSO BRANCO