Searching...
sábado, 23 de maio de 2015

Presidenta Dilma e primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, fortalecem parceria global


Os senadores da bancada petista participaram na tarde desta terça-feira (19) da solenidade que marcou a visita ao Senado do primeiro-ministro da República Popular da China, Li Keqiang, que ratificou a intenção de estreitar ainda mais as relações diplomáticas e comerciais com o Brasil. Li Keqiang foi recebido logo após ter assinado vários acordos com a presidenta Dilma Rousseff, quando anunciaram o Plano de Ação Conjunta entre o Brasil e a China para o período de 2015 a 2021.

No encontro com o primeiro-ministro, Dilma destacou a grande importância que o Brasil atribui ao Acordo sobre Investimentos e Capacidade Produtiva entre o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, iniciativa que vai garantir uma série de investimentos nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas, com um valor equivalente a US$ 53 bilhões.  “A infraestrutura será beneficiada com um projeto de grande alcance para o Brasil, para a integração sul-americana. Nossos três países, Brasil, Peru e China, iniciam juntos os estudos de viabilidade para essa conexão ferroviária bioceânica”, afirmou.

A ferrovia transcontinental foi tema de observações favoráveis do senador Jorge Viana (PT-AC) nos últimos dias, pela integração que permitirá encurtar a distância entre os dois continentes, o sul-americano e o asiático. A ferrovia vai cruzar o Brasil de Leste a Oeste. “Um novo caminho para a Ásia se abrirá para o Brasil, reduzindo distâncias e custos, um caminho que nos levará diretamente pelo oceano Pacífico até os portos do Peru e da China”, disse Dilma.

Os dois líderes reforçaram ainda o acordo firmado entre a Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC), que resultará na criação de um fundo de US$ 50 bilhões para o financiamento de projetos de infraestrutura no Brasil. Na área de energia, a parceria já existente e consolidada na área de petróleo, gás e hidroeletricidade, vai ganhar mais musculatura, porque também foi lançada a pedra fundamental de uma linha de transmissão em ultra alta tensão, com corrente contínua de 800 mil volts. Essa obra será construída pelo consórcio chinês State Grid, tendo como integrantes do lado brasileiro Furnas e Eletronorte. O consórcio vai levar a energia gerada pela usina de Belo Monte, no Pará, até Minas Gerais, num percurso de 2.086 quilômetros.

Outro acordo assinado, de cooperação entre o Banco de Desenvolvimento da China, o Banco de Indústria e Comércio da China, o China Eximbank e a Petrobras garantirá crédito de US$ 10 bilhões para a companhia brasileira. “Além de refletir a confiança que nossa empresa de petróleo possui, em muito contribuirá para o fortalecimento das atividades do pré-sal, onde já contamos com expressiva presença das empresas chinesas”, afirmou a presidenta.

Outros US$ 20 bilhões serão aplicados prioritariamente em projetos nas áreas de siderurgia, cimento, vidro, material de construção, equipamentos e manufaturas. Para tanto, a proposta chinesa é a criação de um fundo bilateral de cooperação produtiva.

Comércio
A China é o primeiro parceiro comercial do Brasil. No ano passado, o comércio bilateral totalizou quase US$ 80 bilhões. Novas parcerias foram assinadas hoje nas áreas financeira, automotiva, telecomunicações, energia, siderurgia, indústria de alimentos, mineração, gás e petróleo.

Também foi assinado um protocolo sanitário que pretende criar um marco jurídico para a retomada das exportações de carne bovina para a China, de maneira sustentável, a ser colocada em prática imediatamente a partir da habilitação feita pelos chineses dos primeiros oito exportadores brasileiros. “Sem dúvida, nosso setor agropecuário tem condições de contribuir para a segurança alimentar dos chineses. O comércio de minérios será beneficiado com a parceria da Vale do Rio Doce com empresas e instituições financeiras chinesas. A aquisição de navios e o contrato de frete fortalecerão a logística de transporte marítimo e tornarão o produto brasileiro mais competitivo”, disse a presidenta.

Outro ponto positivo é que o Brasil, de acordo com a presidenta, tem diversificado o comércio com a China e aumentando a participação de produtos de maior valor, como a entrega do primeiro lote de 22 aeronaves de um total inicial de 60 vendidas pela Embraer para a Tianjin Airlines e a ICBC Leasing. “Vamos utilizar o mecanismo de pagamento em moedas locais no montante de R$ 60 bilhões previstos para a parte brasileira e 190 bilhões em moeda chinesa (renninbi)”, explicou.

Na área de educação, tecnologia e inovação, em dezembro foi lançado o satélite CBERS-4, o que consolida a iniciativa emblemática no mundo em desenvolvimento e que contribui para a fiscalização contra o desmatamento da Amazônia. Na reunião de hoje entre Dilma e Li Keqiang, ficou decidido o desenvolvimento conjunto de um satélite de sensoriamento remoto. “Agradeço o governo chinês pela parceria no programa Ciência Sem Fronteira que hoje acolhe centenas de estudantes e pesquisadores brasileiros”, disse Dilma.

A presidenta destacou que a parceira entre a China e o Brasil contribui para a construção de uma nova ordem global, seja na defesa de reforma no Conselho de Segurança da ONU, seja em defesa de reformas nas agências multilaterais como o FMI e o Banco Mundial que não refletem em suas governanças, ainda, o peso dos países emergentes.






Fonte Com informações do Ministério de Relações Exteriores (MRE), PT no Senado e do Blog do Planalto

1 comentários:

  1. QUE DEUS ILUMINE OS GOVERNANTES BRASILEIROS

    https://leonardoboff.wordpress.com/2015/05/16/o-desafio-de-encontrar-um-saida-para-a-crise-atual/

    O desafio de encontrar um saída para a crise atual
    A crise política e econômica atual cria a oportunidade de fazermos realmente mudanças profundas como a reforma política, tributária e agrária. Para termos a embocadura correta, importa considerar alguns pontos prévios.
    Em primeiro lugar, cabe situar nossa crise dentro da crise maior da humanidade como um todo. Não vê-la dentro deste embricamento é estar fora do atual curso da história. Pensar a crise brasileira fora da crise mundial não é pensar a crise brasileira. Somos momento de um todo maior., porque tudo tem o seu tempo debaixo dos céus.
    WWW.OEXCELSO.COM.BR
    CELSO BRANCO

    ResponderExcluir