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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

No Itamaraty, Dilma defende reforma da ONU e diz que Brasil levará “proposta ambiciosa” à COP21



O Brasil tem profundo apreço ao multilateralismo e é essa premissa que o leva a buscar uma nova governança mundial, que assegure, de fato, o respeito aos valores que dele decorrem, disse a presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira (12), no Palácio do Itamaraty, onde participou da cerimônia de formatura da turma Paulo Kol 2013-2015, do Instituto Rio Branco, e da condecoração de personalidades homenageadas com insígnias da Ordem do Rio Branco.

“O pleno exercício desses valores, tão caros à nossa política externa e tão necessários para a vigência do multilateralismo, esbarra na fragilidade das Nações Unidas, justamente agora quando festejamos os 70 anos de sua criação”, lamentou.

Lembrou que o mundo de hoje em muito difere daquele de 1945, quando a ONU foi criada e seu Conselho de Segurança passou a ser encarregado de zelar pela paz e pela segurança coletiva. “A nova correlação de forças internacional, radicalmente diferente daquela de sete décadas atrás, impõe uma ampliação do conselho e do número de seus membros permanentes”.

Somente assim, acredita a presidenta, esse importante organismo internacional refletirá o mundo real em que vivemos e, consequentemente, passará a ter a eficácia que hoje está perdendo. “Os graves fenômenos de violência sectária, o terrorismo, a ação de Estados à margem do direito internacional, o drama crescente dos refugiados, o descontrole das epidemias, a ameaças dos armamentos de destruição em massa e as novas formas de criminalidade internacional impõem uma reforma da ONU como exigência inadiável”.

“Essa reforma do sistema multilateral tem de estender-se igualmente aos organismos econômico-financeiros surgidos em Bretton Woods [como FMI e Banco Mundial]”, alertou.

COP21
Dilma destacou ainda que, em dezembro deste ano, o Brasil chegará à Conferência de Paris sobre a Mudança do Clima, a COP21 realizada pela ONU, com uma ambiciosa proposta em relação ao desenvolvimento sustentável.

A proposta prevê o prosseguimento da redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa do País, nas mais variadas áreas – energética, industrial, agrícola, em linha com a diversificação maior também das fontes que geram energia, em especial das energias renováveis.

Apontou ainda que o Brasil teve a liderança de assumir o arrojado objetivo meta de redução voluntário de 36% da emissão de gases de efeito estufa. Mas que “temos consciência de que o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, preserva e faz justiça ao fato dos países em desenvolvimento, emergentes, terem começado seu desenvolvimento de forma tardia”.

Lembrou ainda os significativos avanços conseguidos na Rio + 20. “Sem dúvida, a mais importante reunião realizada pelas Nações Unidas, [quando] nós definimos a necessidade de estabelecimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODSs”.
Desde então, finalizou a presidenta, o tema da sustentabilidade passou a articular crescimento econômico, preservação do meio ambiente e políticas de inclusão social, “sintetizadas no lema da Rio+20, de que é possível sem sombra de dúvida, crescer incluir, conservar e proteger”.

Fonte: Com informações de Blog do Planalto

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