Diplomada nesta quinta-feira (18) para o próximo mandato à frente do Executivo federal, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o processo eleitoral brasileiro tem sido uma “prova permanente” da solidez da democracia brasileira.
“É
da própria natureza da disputa eleitoral resultar em vitória e resultar
em derrota. Mas como uma eleição democrática não é uma guerra, ela não
produz vencidos. O povo, na sua sabedoria, escolhe quem ele quer que
governe e quem ele quer que seja oposição. Simples assim”, afirmou
Dilma, em seu discurso.
“Cabe a quem foi escolhido para governar, governar bem. Cabe a quem foi
escolhido para ser oposição, exercer da melhor forma possível o seu
papel”, reforçou.
Compromissos
Durante a solenidade, a presidenta enfatizou a continuidade dos
compromissos de seu governo com políticas sociais e com o crescimento
sustentado.
“O que mais quero oferecer ao meu país é a luta renovada por justiça
social, educação de qualidade, igualdade de oportunidades, estabilidade
econômica e política, e compromisso com a ética. Justiça social fundada
na luta pela redução da desigualdade, pela distribuição de renda,
garantia do emprego, do salário e dos direitos da pessoa humana e os
direitos sociais”, destacou Dilma.
“Estabilidade fundada no crescimento sustentado, no controle da
inflação, no crescimento que vai se acelerar mais rápido do que alguns
imaginam. Governabilidade estruturada na maioria sólida no Congresso
Nacional e na participação popular. Compromisso com a ética espelhado,
em primeiro lugar, no exemplo de integridade e de honestidade pessoal;
e, a partir deste patamar, concretizado na determinação de apurar e
punir todo tipo de irregularidades e malfeitos”, afirmou a presidenta.
Diplomação
A cerimônia de diplomação é uma etapa indispensável para que os
candidatos eleitos possam tomar posse nos cargos que disputaram nas
urnas. Ela confirma que o político escolhido pelos eleitores cumpriu
todas as formalidades previstas na legislação eleitoral e está apto a
exercer o mandato. A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente
Michel Temer foram diplomados para cumprir mandatos de 2015 a 2018.
Petrobras
Os casos de corrupção da Petrobras foram explicitamente citados pela
presidenta em meio à linha de raciocínio de que “alguns funcionários”
foram atingidos no processo, mas é preciso “continuar acreditando na
mais brasileira das nossas empresas”. O argumento usado foi o de que é
preciso “punir pessoas, não destruir empresas”. “Estamos enfrentando com
destemor, e vamos transformar [o caso] em energia transformadora”,
defendeu. Essa luta contra os malfeitos foi exemplificada por Dilma com
expressões para “apurar com rigor tudo de errado”, “criar mecanismos que
evitem fatos como esse” e “saber apurar, punir”.
“Não podemos fechar os olhos a uma verdade indiscutível. Chegou a hora
de o Brasil dar um basta à corrupção”, declarou Dilma, para complementar
que um “grande pacto nacional contra a corrupção”, envolvendo todas as
esferas da sociedade, “vai desaguar na grande reforma política que o
Brasil precisa”. No entanto, não é um conjunto de novas leis que vai
resolver os problemas, na opinião da presidenta. Ela disse que a mudança
envolve uma nova consciência de moralidade pública na atual e nas
próximas gerações. “Quero ser a presidenta que ajudou a tornar esse
processo irreversível”, acrescentou.
“Temos a felicidade de viver em um país onde a verdade não tem mais medo
de aparecer”, afirmou. Punir os responsáveis, no entanto, não diminui a
importância e a competência da empresa, de acordo com a presidenta
reeleita. Para ela, é preciso continuar apostando na governança da
Petrobras, no modelo de partilha e na política de conteúdo local. “A
Petrobras e o Brasil são maiores que qualquer problema e crise",
acrescentou. “Por isso, temos capacidade de superá-los e deles sair
melhores e mais fortes.”
Mulher
“Ser a primeira mulher eleita e reeleita para ocupar o mais alto cargo
da nação deixa minha alma plena de alegria, responsabilidade e
destemor”, declarou Dilma Rousseff, para depois complementar que não
deve ter medo de mudar a realidade, mesmo que seja difícil. “Nem
tampouco medo de mudar a si próprio, mesmo que isso cause algum
desconforto.”
Medidas do novo goveno
Após dizer que as portas a serem fechadas são as da corrupção, e não as
do crescimento e do progresso, Dilma anunciou que reserva para o seu
discurso de posse, daqui a duas semanas, o detalhamento de medidas que
serão tomadas para estimular o crescimento, o desenvolvimento econômico e
o progresso social. Ao terminar sua fala, convocou todos os brasileiros
que a acompanhem “nessa caminhada de transformação e de mudança”.
Ocorrida no plenário do TSE, a cerimônia de diplomação contou com a
presença de autoridades como os presidentes do Supremo Tribunal Federal,
Ricardo Lewandowski; do Senado Federal, Renan Calheiros; da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves; além do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot; do comandante da Força Aérea Brasileira,
Juniti Saito, e dos ex-presidentes da República José Sarney e Luiz
Inácio Lula da Siva.
Fonte da Notícia: http://www.vermelho.org.br/noticia/255706-1
Parabéns Dilma Rousseff, Deus continue te abençoando e te dando sabedoria para administrar o nosso pais
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