“Nós
reconquistamos a democracia à nossa maneira. Por meio de lutas duras,
por meio de sacrifícios humanos irreparáveis. Mas por meio de pactos e
acordos nacionais que estão, muitos deles, traduzidos na Constituição de
1988. Assim como respeitamos e reverenciamos e sempre o faremos todos
os que lutaram pela democracia, todos os que tombaram nessa luta
enfrentando a truculência ilegal do Estado e nós jamais poderemos deixar
de enaltecer, também reconhecemos e reverenciamos os pactos políticos
que nos levaram à redemocratização”, disse Dilma.
“Quem da voz à história são os homens e mulheres livres que não tem medo
de escrevê-la”, completou a presidenta. “Nós, que acreditamos na
verdade, esperamos que esse relatório contribua para que fantasmas de um
passado doloroso e triste não possam mais se proteger nas sombras do
silêncio e da omissão", salientou.
Para Dilma, o trabalho feito pela comissão torna “nossa democracia ainda
mais forte”. Foram dois anos e sete meses de investigações e pesquisas
da comissão em que 1.120 pessoas foram ouvidas e listadas 434 vítimas,
entre mortos e desaparecidos.
A audiência de entrega do relatório contou com a participação de seis
membros da comissão: José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho,
Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro, Pedro Dallari e Rosa Cardoso. Os
ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Direitos
Humanos, Ideli Salvatti, também estavam presentes.
Continuidade
Dilma enfatizou que a conclusão das atividades da comissão não
representa um ponto final nas investigações das violações de direitos
humanos na ditadura. Segundo a presidenta, o Estado brasileiro vai se
“debruçar” sobre o relatório, “olhar as recomendações e propostas e
tirar as consequências necessárias”. A presidenta citou os trabalhos de
comissões da verdade estaduais e setoriais como complementares ao
trabalho do colegiado.
Criada pela Lei 12.528/2011 e instalada em maio de 2012 para examinar e
esclarecer violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988, a
Comissão Nacional da Verdade terá seus trabalhos encerrados no próximo
dia 16. No relatório final, o grupo sugere a criação de um órgão público
para dar seguimento e continuidade às ações da CNV.
Dilma também fez um agradecimento aos órgãos que colaboraram com as
investigações da comissão e aos “homens e mulheres livres que relataram a
verdade para a comissão”, principalmente aos parentes de vítimas e
sobreviventes do período militar.
“Com a criação dessa comissão, o Brasil demonstrou a importância do
conhecimento desse período para não mais deixá-lo se repetir”, afirmou
Dilma.
"O trabalho conduzido permitiu à Comissão Nacional da Verdade concluir
que as graves violações de direitos humanos ocorridas no período
investigado, especialmente nos 21 anos de ditadura instaurada em 1964,
foram resultado de uma ação generalizada e sistemática do Estado,
configurando crimes contra a humanidade", disse Pedro Dallari, um dos
coordenadores da comissão.
O documento, que também será entregue aos presidentes do Senado, da
Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, está dividido em
três volumes com 3.380 páginas. Além de descrever o trabalho feito pela
comissão, apresenta uma série de conclusões e recomendações acerca dos
atos de violência cometidos pelo regime militar.
DEUS ABENÇOE ESTA MULHER MARAVILHOSA NOSSA PRESIDENTE DILMA .
ResponderExcluirQUE DEUS ILUMINE OS GOVERNANTES BRASILEIROS
ResponderExcluirhttps://leonardoboff.wordpress.com/2015/05/16/o-desafio-de-encontrar-um-saida-para-a-crise-atual/
O desafio de encontrar um saída para a crise atual
A crise política e econômica atual cria a oportunidade de fazermos realmente mudanças profundas como a reforma política, tributária e agrária. Para termos a embocadura correta, importa considerar alguns pontos prévios.
Em primeiro lugar, cabe situar nossa crise dentro da crise maior da humanidade como um todo. Não vê-la dentro deste embricamento é estar fora do atual curso da história. Pensar a crise brasileira fora da crise mundial não é pensar a crise brasileira. Somos momento de um todo maior., porque tudo tem o seu tempo debaixo dos céus.
WWW.OEXCELSO.COM.BR
CELSO BRANCO
QUE DEUS ILUMINE OS GOVERNANTES BRASILEIROS
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O desafio de encontrar um saída para a crise atual
A crise política e econômica atual cria a oportunidade de fazermos realmente mudanças profundas como a reforma política, tributária e agrária. Para termos a embocadura correta, importa considerar alguns pontos prévios.
Em primeiro lugar, cabe situar nossa crise dentro da crise maior da humanidade como um todo. Não vê-la dentro deste embricamento é estar fora do atual curso da história. Pensar a crise brasileira fora da crise mundial não é pensar a crise brasileira. Somos momento de um todo maior., porque tudo tem o seu tempo debaixo dos céus.
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