O
senador Walter Pinheiro (PT-BA) voltou ao plenário do Senado, nesta
terça-feira (02), para tratar de uma das principais causas de seu
mandato – o pacto federativo. O senador está entre os parlamentares que
mais têm lutado nos últimos anos para dar um fim definitivo a uma
prática suicida dos governos estaduais – a chamada “guerra fiscal”, na
qual governadores disputam entre si a concessão de benefícios e isenções
de impostos para atrair empresas para seu território, ainda que essa
política comprometa irremediavelmente a capacidade arrecadadora do
estado. Pinheiro quer urgência para o Congresso decretar o fim desta
prática que, enquanto perdurar, segundo o senador, será um obstáculo ao
desenvolvimento harmônico do Brasil. Somente com o fim da disputa, ele
acredita, os estados adquirirão autonomia e capacidade de investimento e
deixarão de depender de empréstimos e de socorro da União para fechar
suas contas.
“O
Senado da República podia deixar aqui firmado o caminho para a gente
resolver de uma vez por todas o problema dessa guerra fiscal e dessa
crise”, apelou Pinheiro, elogiando a iniciativa do governador eleito da
Bahia, Ruy Costa, de anunciar uma reestruturação da máquina
administrativa logo no início de sua gestão a partir de 1º de janeiro de
2015. “Ele já começa dando demonstração clara de que tem um nível de
comprometimento com essa política de investimento e crescimento do nosso
estado e, principalmente, buscando uma ampliação dos serviços sociais e
o atendimento à população”, saudou.
Para
o senador, nem reforma administrativa nem reestruturação da máquina
pública, porém, serão suficientes para melhorar a arrecadação de cada
estado, que, segundo avaliou, precisa da definição que só a derrocada da
guerra fiscal vai garantir. “Se a gente não resolver essa questão que
bate diretamente na questão da arrecadação de cada Estado, nós não
teremos, em hipótese alguma, governos em condições de promover o nível
de investimento”, explicou.
Fonte da Notícia: http://www.ptnosenado.org.br/textos/69-noticias/30400-enquanto-houver-guerra-fiscal-estados-dependerao-da-uniao-diz-pinheiro
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